A água invadiu todo o ambiente, do teto ao chão. Nadava.
Os móveis flutuavam. Enquanto durou não tive medo. Tudo era fluido. A campanhia tocou, nada mudou, continuava a me sentir envolvida pela água, qual peixe no seu elemento.
Num momento o ambiente fora água.
A última golfada de ar foi expelida dos pulmões.
A percepção da última golfada de ar expelida pelos pulmões
O mergulho no oceano já não sou mais gente, viro peixe e
Minhas guelras sugam e expelem a água que agora invade todo o ambiente. Nado e os móveis flutuam. Fluidez e paz.
A campainha toca nada muda, envolvida pela água flutuo junto aos móveis. Auqrio (sic), onde o alto o baixo? o direito o esquerdo? o dentro o fora?
Última golfada de ar (Último bocejo, o ar) expelido pelos pulmões mergulho no oceano, já nada sei de gente, sou peixe – minhas guelras sugam e expelem a água – invasão de todo o ambiente. Nado, nada sinto a não ser a percepção de que flutuo no meio dos moveis. Movimentos lentos como o espreguiçar-se do feto na barriga da mãe.