27 abril 1972
Tive um pesadelo terrivel. Sabia que estava com um tumor no ventre. A marca que, tinha esse tumor era uma ferida nas costas. Via o Orlando Vaz depois o Carlos de Melo que me examinavam e dava pulos de angustia! De repente vi que naõ era tumor mas um filho que estava dentro da minha barriga. Mostrava aos médicos minha barroga que por fora estava lisa como se naõ estivesse gravida. Vi o feto e era parecido com Eduardo em tamanho pequeno.
Tinha uma coisa com operaçaõ. Acho que queriam me anesteziar e aí eu sentia toda a anestesia como se estivesse morrendo.
Acho que esse sonho é a vivencia da minha operaçaõ que fiz aos 6 anos de idade. Estava com apendicite e me anesteziaram como se fosse tirar uma fotografia minha. Comecei a gritar depois que botaram a mascara de gaz no meu nariz e perdi consciencia pensando que ia morrer. Depois houve o trauma em 1968 na operaçaõ em que meu pulmaõ pifou. Até hoje só durmo com remedios. Voltando a antiga operaçaõ. Acho que está claro o seguinte: Vivi a operaçaõ como castraçaõ e talvez pensasse que estava gravida de um filho de meu pae e daí o castigo da castraçaõ. Acho que está muito recional mas é o que consigo pensar até agora. Como era Eduardo que, já foi vivido por mim como filho do pae noutros sonhos eu pensei nisso. Elementos que eu consencializo voltam como agora noutros sonhos para enriquecer minhas percepções.
Antes desse sonho tive outro. Estava na casa dos meus paes. Era menina. Estava na cozinha e escutei vozes que era meu pae que ia entrar na cozinha com um amigo. Senti medo e escapuli para uma varandinha que dá para o quarto de meus paes. O pae era o Arras.
Ele Arras me dá um pouco de medo e é um extranho. Sua gargalhada, quando ele me chama aos gritos sinto sempre como uma agressão. É terrivel é como um medo que conheço.
Exata,mente o medo do pae que sentia quando era pequena.