O homem como suporte vivo de sua própria expressaõ ou de outros ao mesmo tempo. Começam a nascer pedaços de plásticos que naõ tem forma a priori mas que na medida em que o homem a sustenta, ora entre as pernas, ora colocando os pes dentro de sacos vazios de cebolas se armam estruturas como vasos comunicantes, outras pessoas entrando no vazio processado fazem coisas ou sentem sensações.... Quando vou dormir vejo sempre uma enorme crosta de plástico inflado homens colados na mesma do lado externo dentro de uma casca como traças fazendo um todo sustentando ao mesmo tempo esse universo inflado como grande bola mundo.
Isso naõ poderia fazer, é o amarrar do pensamento mas saem todas as descobertas dessa percepçaõ- A loucura é total do outro lado – artistas que naõ fazem mais objetos e sim proposições viram personagens super vedetes quase para compensar o anonimato da autoria de uma obra. Aí é que começa o processo do vômito numa compulsividade terrível como uma cartasis e a regressaõ invadindo todo campo processual. O fazer proposições hoje é a passagem mais terrível que já se viu na história do homem. Nada fica, nada dura, tudo é efêmero, um momento poético e acaba. Haja força para suportar o processo e haja também integridade para viver a vida em pequenos momentos, o nada, depois, como um todo que integra esses momentos num processo de vida e morte.
Mil beijos.
Escorpiaõ Clark