A.B.
A.B.
Idade: 51
Jornalista
Analisada por Kemper há seis anos. Depois, com Edson Landi, uma análise que durou sete anos e meio. Tem dificuldades com a respiração, engordou muito depois do tratamento. Antes de sentia com uma grande cabeça e corpo pequeno. Parece ter terminado a análise não muito bem, pois até agora reivindica do seu analista uma atitude de homem e amante. Até hoje lhe escreve cartas. Muito inteligente e muito lida, acha que não encontrou a sua justa medida. Devanear para ela é muito perigoso, é não poder passar à ação. Neste momento teve a percepção de que mandou o canário, o gato e um filho para fora de casa e percebeu estar fazendo força para que o outro saia também.
Primeira sessão
27.outubro.1976
Relaxação com almofadas pesadas sobre as pernas, induzi o texto do Sapir: peso generalizado. Pediu uma almofada para colocar na cabeça. Coloquei nos seus ouvidos as almofadas leves e friccionei durante bastante tempo. Vivenciou o peso como morte, mas sem angústia. O barulho das almofadas no ouvido eram de bichinhos que a comeriam depois de morta, mas também era a vida que continuava. Relaxou 10 minutos. Falou sobre a morte do cunhado, dois dias antes.
Retirei as almofadas das pernas e do ventre. Coloquei o pequeno saco plástico sob sua blusa, no ventre. Uma pedrinha na mão. Nos ouvidos, os caramujos. Coloquei duas almofadas pesadas nos ombros e li o peso generalizadodo Sapir.
Sentiu a almofada pesada no ombro direito como o ursinho que era o seu brinquedo predileto. Escutava o barulho feito pela mãe que atrás dela desdobrava tecidos e cozia. Sentiu-se cuidada e pela primeira vez questionou o abandono que sempre vivera em relação à mãe dizendo: “Talvez não fosse a realidade, acho agora que fui cuidada por ela”. Objeto bom.
Se sentiu uma planta crescendo enroscada na pedra da mão e o plástico como água onde ela, planta, estava submergida. Disse que nunca vivera uma situação tão arcaica - era um pequeno bebê numa cama de casal.
Segunda sessão
5.novembro.1976
Coloquei o colchão sobre o seu corpo e li a indução do Sapir, pág 12. Gostou muito e sentiu seu tronco afundar no divã. Relaxou bastante tempo. Coloquei os caramujos nos seus ouvidos e ela os sentiu como terra; enterrada como morta, sem angústia. Sentiu a respiração do “respire comigo” com angústia, como o som de uma criança que chora de desalento. Contou que depois da primeira sessão estava sentindo o contorno do seu rosto. Estava realmente iluminada. Disse que sentiu isso depois de acordar e sentir a necessidade de um ombro largo onde se apoiar. Lembrei a ela a almofada de areia, que lhe lembrara o ursinho da infância que foi colocada a almofada no seu pescoço. Durante a relaxação sentiu a barriga oca e lembrou uma sensação muito arcaica: ela estava dormindo, o pai a levantava e a jogava nos ombros, esmagando sua barriga contra o ombro dele. Sentiu vontade de chorar durante a indução, quando ouviu: “as ondas do mar vêm acariciar o meu corpo docemente”. Tem medo da onda do mar. Sentiu medo do mar.
Terceira sessão
10.novembro.1976
Chegou aflita com problemas com o filho. Queixou-se de uma dor no ombro, o mesmo que lembrou o ursinho e o ombro do seu pai: o direito, em quer era jogada quando pequena.
Induzi o texto do Sapir. Relaxou. Disse depois que nunca relaxara tanto: que os materiais passaram completamente desapercebidos por ela. Que tivera uma sensação indescritível - era como se o seu sangue pulsasse com tal força que chegava a sentir esta estas pulsações no divã onde o corpo estava pousado; a mão recebia dele e da almofada assim como as outras partes do corpo, o refluxo das pulsações. Falou no fluxo e refluxo do mar. No meio da relaxação, sentiu que ia ter uma percepção extra-sensorial, teve medo e escutou uma pedra que cai, abrindo os olhos. Conversei com ela a respeito da associação urso e ombro direito, sobre o desejo expresso na sessão anterior de um ombro largo onde se apoiar, da lembrança do corpo cavado dobrado sobre o ombro direito do pai, sobre a dor que sente exatamente nesse ombro quando tem problemas com o filho. Tirou uma bomba para abrir os brônquios, e, muito agitada enquanto escutava.
Telefonou agitadíssima para dizer que o que tinha sentido era uma percepção intra-ulterina; e o barulho da pedra, que na realidade, não existira; não seria a queda de algum instrumento utilizado no parto?
Quarta sessão
18.novembro.1976
Chegou atrasada, dizendo que talvez nem devesse ter vindo porque estava pintando sua casa, o que tinha decidido fazer de uma hora para outra. Falou depois que estava super-regredida, pois tivera um rompante com o amante: ele suspeitara dela, num negócio em que estavam juntos e ela havia passado da medida, agindo como uma criança. Contou também que reagira “mal” quando ele desmarcou um fim de semana com ela, ficando tão violenta que o amante a tomou nos braços dizendo: “obrigada, obrigada”. Ponderei que talvez isto não fosse regressão, mas sim a falta da “justa medida” da sua feminilidade que começa a se expressar; daí a impotência ante o real. Disse que era isto mesmo, pois pela primeira vez o seu filho lhe perguntara alguma coisa sobre Filosofia e ela respondera com simplicidade que isto não era o seu forte e que ela tirava muitas conclusões com o Carneiro Leão para ela mesma. Isso fez o filho extremamente feliz e compreensível, numa nova relação com ela.
Depois relaxou sem indução e disse que três imagens passaram pela sua cabeça, mas que ela achava que nada tinham a ver com o que acabáramos de falar. A primeira imagem era a visão de uma casa perto de um penhasco e de um rio, a parede que via estava coberta por plantas. Disse-lhe que a casa era o corpo, quando ainda é o corpo da mãe, e o corpo é a casa quando a gente já se assumiu. A segunda imagem era um céu percebido através de ramagens. A terceira imagem era clara: uma porta sólida de jacarandá, e uma parte de vidro e nele um risco esfumaçado que não permitia ver-se através com clareza. Achei que a porta era a entrada do seu corpo para a feminilidade e o que o vidro simbolizava, sua parte feminina, que está assumindo ainda com dificuldades, pois é uma experiência nova para ela.
Quinta sessão
23.novembro.1976
Chegou quando eu entrevistava um cliente. Havia mudado a hora e eu esquecera de anotar. Pedi-lhe que viesse outro dia, mas ela falou que tinha algo sensacional para me contar. Marquei para as sete e meia. Contou ao chegar que a sua língua era tão tensa que se abria rígida contra os seus maxilares superiores. Descobrira isto pela manhã; soltou a língua, relaxando-a, e ela ficou cheia, gorda. Começou a sentir como era antes e como nunca percebera. O gesto com que ilustrou a sua língua me lembrou uma cabeça de cascavel. Disse-lhe isto e ela contou que amava muito sua avó materna e que sua mãe contara-lhe, aos 10 anos de idade, que era infiel com o seu avô, tendo tido duas filhas com ele sendo que uma delas por adultério. Língua viperina. Contou também que houve uma época que ela se recusava a falar sendo considerada como burra - e é inteligentíssima - porque tinha a língua presa. Estava agora com a língua solta. Comentou pela primeira vez sessões de duas amigas que estão fazendo o trabalho comigo.
Pedi que se deitasse de bruços. Comecei a relaxá-la com colchão. Depois, retirei-o e passei lentamente sobre o seu corpo o plástico cheio de ar. Sem relaxar, virou o corpo e se disse meio encabulada por sentir excitação no sexo quando deitada de bruços. Disse ainda que estava desabrochando como mulher com o trabalho que fazia comigo. Induzi o Sapir e relaxou bastante. No final sentira suas arcadas sob os olhos afundarem. Fez o gesto para mostrar lembrei-lhe que era o mesmo gesto que fizera em outra sessão para mostrar o quanto ficara regredida no passado, a ponto de fazer caretas. Lembrei também que quando se faz caretas, a criança põe a língua para fora.
Sexta sessão
29.novembro.1976
Entrou pagando. Aumentou o preço da a hora e pagou tudo como havia me proposto. Deitou-se e mostrou seu olho esquerdo todo vermelho em consequência de um derrame. Disse que não era o primeiro e que era provocado pelos dos desvarios do filho. Contou que o rapaz, tinha dado ao pintor uma bateria que valia CR$ 4 mil para que pintasse um armário do seu quarto ela ainda teria quer dar mais CR$ 400 ao pintor e que estava tudo por ser feito, ela mostrou ao filho a malandragem do pintor e ele só a vira depois, quando falou com o pintor e este se retratou diante de ambos.
Contou depois que esteve na casa de X e conheceu uma moça que lhe telefonou do dia seguinte para dizer uma coisa que ela já sabia a seu próprio respeito: que ela já havia mudado a vida de muita gente com sua intuição. Lembrou-me que me procurou antes de I. porque intuiu que o meu trabalho era importante.
Ficou lisonjeada com o telefonema mas sentiu que perdera a sua inocência sabendo disto. Eu disse que isto era um “recado” para mim, porque a inocência ela a perdera comigo, no processo de perda da sua onipotência (falso poder) para assumir o seu poder real. Não recebeu isto bem, mas no fim da sessão insisti para que ela elaborasse isto com calma.
Disse que resolveu mandar o seu filho para viver na companhia do pai e frisou: “Os nossos pais, que nada sabiam, nos criaram erroneamente e sem escrúpulos, porque não entendiam nada e talvez por isto mesmo somos o que somos”. Contou ainda que chamara o filho mais velho para dividir com ele a responsabilidade; ele nunca ligou muito para irmão e se acontecesse algo com o mesmo que vai ficar muito só em Teresópolis ela o chamaria para “cobrar” a sua parte de responsabilidade na história.
Disse não sentir mais a dor nos ombros. Relaxou cm indução do Sapir: Calor, e tive que despertá-la pois a hora havia passado. Chegara atrasada. Viveu na relaxação uma espécie de formigamento nas células, não como da vez em que pensou estar no útero, mas a relaxação ia até atesta e a cabeça ficou enorme, em forma de caixa e era o controle, (torre de controle) para não perder o controle (poder). Contou outra coisa importante depois que lembrei a sua feminilidade que está nascendo: estivera na casa da J., sua amiga, e vira o seu quarto, eu considerava “fresco”, e agora se encantou com toda esta frescura, e quer fazer na sua cama uns babados. Contou que, quando casara, o seu sonho era vestir um “ailleur” branco, o masculino e se via andando com * um lírio na mão batendo na sua perna.
Sétima sessão
9.dezembro.1976
Disse que vivera a semana com uma sensação de ódio difuso. (Perda de poder, impotência, para depois assumir a justa medida.) Relaxou pedindo a minha indução da Fronte. Toquei o seu ventre, o seu braço e levantei-a pelo tórax. Contou que quando toquei o seu ventre ele começou a crescer como um suflê, a sua vagina se “alastrou” dentro do seu corpo, como se expandisse até o peito, como se cavasse o interior do corpo. Em seguida, sentiu que sua cabeça estava apoiada no ombro do amante, o mesmo ombro em que sentira o “ursinho” e depois, sentira a sua barriga cavada pelo ombro do pai.
Sentiu novamente a barriga cavada pelo ombro do pai. Contou que o seu vizinho tem uma graúna que pia em vez de cantar, mas numa manhã ela a escutou ensaiar um canto de amor e a bigorna ao lado repetiu este som tendo; ela achou que a ave pensara ouvir uma resposta ao seu canto de amor. Diante de minha pergunta quanto a sua percepção de tudo isto ela me disse que como tinha o seu canto de amor, ela podia “alucinar” no lugar da graúna.
Oitava sessão
13.dezembro.1976
Chegou com meia hora de atraso e pedi que fizesse uma pequena relaxação. Li a indução do Sapir/Calor e depois toquei-a, mas :/ senti que não havia tempo e preparação para nenhuma percepção. Coloquei o grande falus no seu peito. Ela o viveu como um trilho de um trem para viajar. Depois desci-o até entre suas pernas, ela pensou que era um objeto de ferro. Coloquei como se ela estivesse em ereção como um homem, aí ela sentiu que era um prolongamento do seu sexo. Contou depois que outro dia escutara um “tan-tan” africano e que seu períneo pulsava como o ritmo que escutava, achou sensacional.
Nona sessão
20.dezembro.1976
Pedi que me falasse sobre a relação sexual com o amante. Disse meio encabulada que cresceu de tal maneira as suas necessidades que ela chega a telefonar pedindo-lhe que venha fazer amor com ela e que ele também está tendo tesão à noite, em sua casa. Moram separados e encabulado, ele diz que está tendo poluições noturnas de desejo e quer levá-la para uma viagem no exterior. Ela contou que aprendera várias coisas: está se defendendo, não aceita mais as “batatas quentes” que antes lhe jogavam; enfim está na justa medida do seu poder. E aprendera a se poupar mesmo em relação à compulsividade do filho, está habilidosa, se dando mais tempo para pensar e não o deixa “emprensá-la”.
Conversamos a respeito da doença do seu olho. No dia em que erotisou aqui de bruços, ela não havia me contado que fantasiara contrair uma doença na colcha do “puteiro” e daí o olho infectado. Jogamos com o simbólico e o real, no plano da fantasia e do corpo ter sido erotizado realmente num puteiro e daí a doença no olho, e ela contou que ficou com o rosto picado como que alérgico depois de ter pensado na doença. Relaxou como despedida, dei alta e li a indução do Sapir Respiração. Toquei longamente no seu ventre, nas mãos, na testa e fiz a “ponte”. Com minha mão embaixo da sua, como uma pedra, coloquei o paninho por cima, para depois retirar docemente a mão, deixando a pedra e o paninho no seu braço. Teve a percepção de que todas as mãos que passaram pela sua fugiam, mas que ficou a pedra que para ela, era ela mesma, e para mim era o que ficara depois de casa ligação que fora desfeita: o que foi dado a ela, ninguém tira. Pediu para levar a pedra com ela.
25.janeiro.1977
Pediu uma entrevista e disse estar com dificuldades com os filhos e a empregada. Descobriu que sempre fora radical, quando corta uma pessoa da sua vida. Depois de muito falar, descobrimos que o medo era de vir a romper com o seu amante. Teve uma espécie de retrocesso no seu processo e falou em começar o curso do Carneiro Leão como a coisa mais excitante que ela vivia: tinha na realidade 65 anos e nesta idade só se pode fazer isto. Falou na dificuldade em pedir ajuda a sua mãe, pois ela está muito frágil (como ela). Incitei-a a ir a São Paulo para pedir novamente ajuda financeira à mãe, pois não tem dinheiro para viver. Senti que ela quer cortar o amante. Antes me falara que nunca gostaria de viver com ele e fazia até blague com o mesmo sobre isto de uma maneira amigável.Agora, depois que essa possibilidade não se concretizou. Quer rejeitá-lo antes, com medo de ser rejeitada. Pedi que nada fizesse enquanto durasse não acabarmos a revisão do seu processo.
A sua barra foi, grande, pois depois que se tornou frágil e mulher feminina o real entrou com uma série de frustrações e ela não está agüentando. Disse que precisa do apoio de um ombro. “Perdi o contorno do meu rosto, comentou”. Disse também, e pela primeira vez, que o seu amante é casado com uma de suas amigas e que eles tem uma filha. Ela os freqüenta e tem pena da mulher dele, que é muito passiva mas tem o poder nas mãos na sua casa, controla tudo, desde um drinque ate os copos que serão usados. Ela expressou o medo de ficando com ele ela se transforme neste tipo de mulher. Falou numa espécie de saudades do L., que ao meu ver vem como um álibi como era antes, entre ela e o outro que é real.
2.fevereiro.1977
Atrasou 15 minutos, disse que dormira. Sentou-se e falou. Comentou longamente que conhecera um homem maravilhoso e tivera um desentendimento com o S., seu amante. Depois, de uma maneira “sutil”, disse uma coisa que eu analisasse como quisesse: estava se tratando com o X. e já perdera quatro quilos. Que os seus dentes estavam ficando maravilhosos, que perdia suas celulites e que D. antes tão gorda, havia virado se transformado em um broto com este médico. Depois de muito falar, sugeriu que eu fosse consultá-lo. Perguntei, no plano simbólico, o que significaria, se ela achava que ela tinha me estragado? Disse que talvez sim, pois D. dissera que eu andava muito cansada e ela ainda era financiada por mim...Levantou-se como se o seu tempo tivesse terminado. Convidei-a a sentar-se, pis ela tinha ainda sete minutos. Ela contou então que havia comprado para sua mãe dois pares de sapatos como presente de aniversario. A mãe recebeu muito mal os presentes e ainda devolvera um par dizendo que não gostara. Levantou-se e disse: “Que parada, esta mãe, como disse o L. uma vez, por pior que eu a internalizasse ela era pior que a imagem que eu dela fazia dela Depois me olhou e disse: “Logo hoje que estou de tamancões, você esta descalça...”
Décima segunda sessão
9.fevereiro.1977
Perdeu a tia-mãe sem nenhum luto reviveu as traições da tia, sua desidealização. Lembrou como ela a espionava, sua língua de víbora, tudo parecia um recado para mim que nada disse, pois sua volta esta difícil e marcada por uma contra-transferência. Relaxou bem, dormiu. Coloquei o objeto relacional que pulsa ao lado da barriga, para que ela não vivesse muito a morte depois desta morte real; e nos pés um plástico cheio de ar para que ela os sentisse com base no chão, depois de ter dito a frase: “sentir os pés em falso.”
Quando voltei para apanhá-la no elevador, ela estava conversando com um homem e houve uma surpresa de ambas as partes. Como me deve, mostra cada vez que abre a bolsa e sai, um embrulho, como quem quer dizer que não tem dinheiro para me pagar. Acha que interrompeu a relaxação porque sentiu aquela percepção de ter quase ido numa viagem e escutou o barulho de ar algo que caia no chão, que para ele seria o ferro que o medico usara na hora do seu parto...
Décima terceira sessão
16.fevereiro.1977
Queixou-se muito do filho, depois relaxou, com sacos de água na cabeça a sacos de ar nos pés. Li o texto do Sapir, passei-lhe a mão na testa, no ventre e nos olhos, peguei na sua mão. Disse que se sentira que estava inteira depois destes toques. Via-se no alto. Embaixo, o seu projeto estava pronto. Depois, viu-se na paisagem debaixo de árvores, com uma areia branca que se descortinava na sua frente. Fechou novamente os olhos, li outra pequena indução sobre estar no calor e na praia. Lembrou-se do namorado e pensou no que estaria fazendo no norte sozinho, se estava com alguma outra. Abriu s olhos com a sensação da garganta apertada, ciúmes. Falamos na mulher dele, que toma um certo espaço na sua vida, não dando possibilidades dele arrancar outra por falta de tempo. E a preenchia só a parte boa, idealizada, e não se engajava na relação inteira. Disse-lhe que era cômodo e principalmente alimentava a sua impotência...Confessou que a outra lhe era útil: era tão repressora, tão pobre e chata que ela se sentia maravilhosa perto dela, e lastimou de ter que fazer este parâmetro para se sentir bem... Pedi que ela elaborasse o que acabáramos de dizer, que achava importante.